TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal: O balanço de um 2024 positivo
Toyota GR Supra GT4 EVO vence o Campeonato de Portugal de Velocidade no ano de estreia
- A TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal encerrou as contas de 2024, o ano de estreia do Toyota GR Supra GT4 EVO nas pistas nacionais
- A dupla Bernardo Sousa e Carlos Vieira, com a ajuda pontual de José Pedro Fontes, mostrou o potencial da máquina nipónica
- Para o Toyota GR Supra GT4 EVO, foi um ano em grande, com a conquista do título Ibérico e nacional com a Speedy Motorsport em destaque, prova da competitividade do programa Customer Racing.
1 de dezembro, 2024 – A TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal expandiu o seu programa desportivo em 2024, com o arranque de uma aposta alargada no desporto motorizado nacional e ibérico. Depois da já habitual presença no TT, a estrutura nacional apostou no Campeonato de Portugal de Velocidade (CPV) e no Iberian Supercars (IS) para estrear o Toyota GR Supra GT4 EVO nas pistas nacionais. Uma aposta que mostra a abrangência da Toyota no motorsport nacional e internacional, que respeita a tradição da Salvador Caetano no desporto motorizado português.
Para este ano de estreia, a TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal apostou numa dupla inédita, mas de muito talento. Carlos Vieira, já habituado às lides da velocidade, uniu esforços com Bernardo Sousa, que fez a sua estreia no Campeonato de Portugal de Velocidade e no Iberian Supercars na divisão GT4 Pro. Dois nomes consagrados, com Vieira a ter já provas dadas na velocidade e nos ralis, enquanto Bernardo Sousa regressava às pistas, onde começou a sua carreira (nos karts), antes de se tornar numa referência nos ralis nacionais, destacando-se também no panorama internacional.
Com dois nomes conceituados e um carro competitivo, a TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal encarava este primeiro ano com ambição, ciente da qualidade e experiência da concorrência. Os primeiros apontamentos foram amplamente positivos, com a primeira corrida a dar um pódio para a dupla da Toyota, na jornada inaugural que teve como palco o circuito espanhol de Jerez. A segunda corrida deu também o primeiro azar do ano, com uma saída de pista a comprometer um bom resultado. Seria este o mote para o resto da temporada.
O Estoril recebeu a segunda jornada do ano e foi neste mítico traçado que a TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal festejou o primeiro triunfo do ano. Numa corrida com um ritmo fortíssimo, Bernardo Sousa iniciou o ataque ao primeiro lugar, que foi concluído com mestria por Carlos Vieira, comprovando o potencial da equipa. Na segunda corrida, o pódio parecia estar à mão de semear, mas com um Safety Car a entrar na pior altura possível e um handicap de 10 segundos, afastou a dupla do pódio. O balanço do segundo fim de semana acabava por ser ainda mais positivo e a trajetória ascendente da estrutura era evidente.
A TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal regressou a Espanha para a jornada de Valência, desta vez sem Bernardo Sousa, ausente por motivos profissionais, substituído por José Pedro Fontes, que regressava aos circuitos depois de uma ausência de dez anos. A dupla Vieira / Fontes prometia muito, mas a sorte esteve longe da inédita dupla. Na primeira corrida, um toque de um adversário logo no arranque, atirou Fontes para fora de prova, terminando de forma prematura o seu regresso aos circuitos. Na segunda corrida, a dupla pagou o preço por uma qualificação menos conseguida. A recuperação operada por Vieira e Fontes foi positiva, mas num pelotão tão competitivo e compacto, era difícil fazer melhor que o sétimo lugar, que se transformou num 13º depois de aplicadas as penalizações.
O Autódromo Internacional do Algarve recebeu a penúltima jornada do ano (última do campeonato ibérico), já com Bernardo Sousa de regresso aos comandos do Toyota GR Supra GT4 EVO. Um regresso que começou da melhor forma com a dupla Vieira / Sousa a conseguir um pódio na primeira corrida do fim de semana. No entanto, um violento incidente no arranque da Corrida 2 atirou o Carlos Vieira para fora de pista, danificando sobremaneira o carro. A gravidade do incidente foi tal, que não foi possível reparar o GR Supra GT4 EVO a tempo da última jornada do ano, no Estoril. Um final que não era o desejado, mas que não ensombra o que foi conquistado ao longo da época.
Na sua estreia no CPV e no IS, a TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal conquistou uma vitória e dois pódios. Lamentam-se os azares de Valência e de Portimão, mas como se diz na gíria… são corridas! Carlos Vieira e Bernardo Sousa conseguiram mostra velocidade, competitividade. Os incidentes provocados por adversários acabaram por comprometer as aspirações da equipa.
Carlos Vieira fez o balanço desta época, enaltecendo os bons resultados obtidos e o bom andamento revelado durante a temporada:
“2024 foi uma temporada de altos e baixos. A vitória no Estoril e os pódios mostraram o nosso potencial que acabou mascarado por algumas infelicidades. Mas creio que podemos estar orgulhosos do que conquistamos ao longo da época. Queríamos lutar pelos títulos, mas acabamos por ser sempre competitivos. Para um ano de estreia com um carro novo e uma estrutura nova, creio que estivemos muito bem e estão lançadas as bases para um futuro risonho.”
Também Bernardo Sousa fez eco das palavras de Vieira, mostrando-se agradado pela evolução feita ao longo da época e pelos bons resultados obtidos:
“Este ano foi desafiante, mas com bons momentos. Conseguimos um triunfo no Estoril, o que é sempre especial, além dos pódios conquistados, que comprovaram o nosso potencial. Nem sempre fomos felizes, mas mostramos bom andamento e estivemos constantemente entre os mais rápidos. Estou satisfeito com o trabalho desenvolvido ao longo do ano e acredito que esta equipa e este carro têm muito mais para dar no futuro.”
Toyota Customer Racing – Um ano recheado de conquistas
A presença da Toyota no CPV e no IS não se limitou apenas à TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal. Outras estruturas elegeram o Toyota GR Supra GT4 EVO para competir nas pistas ibéricas. A Speedy Motorsport apostou forte no modelo nipónico com dois carros em pista, um na divisão GT4 Pro, com César Machado e Jan Duran e outro na Divisão GT4 Am com Luis Pedro. Uma aposta que se revelou certeira, com Machado e Duran a conquistarem o título Ibérico em GT4 Pro.
A dupla luso-espanhola conquistou quatro vitórias e três pódios, com seis poles e cinco voltas mais rápidas, uma contabilidade impressionante que justifica o título ibérico de pilotos e equipas, conquistado em Portimão. A conquista da Speedy ganha ainda mais realce olhando à qualidade e quantidade do pelotão do IS. No cômputo geral, o GR Supra GT4 EVO foi imbatível e em dez corridas do IS, apenas por uma vez não tivemos uma dupla Toyota no pódio.
As contas do CPV foram igualmente expressivas, com três vitórias, quatro pódios e seis pódios. Esta contabilidade permitiu a César Machado e Jan Duran festejarem o título português. Uma época de sonho da estrutura lusa, alicerçada na competitividade do GR Supra.
Pedro Salvador foi o porta-voz da equipa no momento de fazer o balanço da época:
“Estamos amplamente satisfeitos com o que conquistamos esta época. Conseguimos ser bem sucedidos nas três competições em que participamos, o que espelha o trabalho, o esforço e a dedicação de toda a equipa, desde mecânicos, engenheiros e pilotos. Foi esta união que nos levou ao topo, sempre com a preciosa ajuda da Gazoo Racing, parceiro fundamental nesta caminhada. O apoio que recebemos, a disponibilidade imediata de peças, o apoio técnico constante e o cuidado que sempre demonstraram deixaram-nos completamente descansados e fizemos a aposta certa quanto escolhemos o GR Supra GT4.”
Mas se o GR Supra GT4 EVO ajudou a Speedy Motorsport a chegar ao sucesso, outras estruturas também apostaram no modelo nipónico já a pensar no futuro. Foi o caso da Batina Racing que a meio da temporada adquiriu um GR Supra GT4 EVO. A troca, já com a época em andamento, foi pensada a médio prazo. Apenas focada em conhecer melhor o novo carro, a Batina Racing focou-se na aprendizagem e no desenvolvimento do novo carro, iniciando em 2024 um trabalho que se quer proveitoso já em 2025. As primeiras impressões não podiam ser melhores e na próxima temporada deveremos ter mais um GR Supra GT4 EVO na luta pelos melhores lugares.
Os números não enganam. O Toyota GR Supra GT4 foi a máquina mais competitiva no panorama ibérico, com resultados impressionantes. No ano de estreia da máquina nipónica em território nacional é caso para usar a máxima “chegar, ver e vencer”. E este é apenas o primeiro capítulo desta caminhada.